Projeto Visitar - Cultura e história na capital capixaba
A história narra que além de cultuar Nossa Senhora do Rosário, os escravos também queriam prestar culto a São Benedito, por se identificarem tanto na cor quanto na pobreza - o que gerou grande rixa que existia com a ordem do Convento de São Francisco. Até as cores das fachadas de cada igreja são representativas desta história intrigante.
O mastro de São Benedito ainda está lá guardado, mas outro, de menor peso, é utilizado na procissão que ocorre anualmente (em 27 de dezembro). Pode parecer controverso (e é para mim!), mas este lustre fica na Igreja de Nossa Senhora do Rosário (que era frequentada apenas por escravos)... Não se sabe quem o doou, mas ele é contrastante com o espaço.
O convento começou a ser construído no final do século XVI, passando por diversas reformas e funcionava como ponto de encontro e evangelização. Após um tempo, ocioso, abrigou a Residência Episcopal, Rádio Capixaba, Colégio Agostiniano e Residência das Irmãs Carmelitas. Hoje lá funciona a Cúria Metropolitana e entidades ligadas à Igreja Católica.Informações não oficiais relatam que no local, na época da ditadura, eram realizados encontros contra o regime militar.Ao lado do pátio do Convento está a pequena Capela de Nossa Senhora das Neves - há uma curiosidade no altar: foram encontrados ossos humanos na parede central do altar. Provavelmente um resquício do período em que era capela mortuária.
Só para lembrar, o conflito existente relacionado a São Benedito era justamente com o Convento de São Francisco.Para chegar até o próximo ponto do projeto você passará na frente da Capela Santa Luzia (que também faz parte do Projeto Visitar). A pequena capela está no alto da pedra e funciona apenas como ponto turístico. Não há missas ou qualquer celebração. Ela era a capela da fazenda de Duarte Lemos - que recebeu a ilha como doação do primeiro donatário da Capitania do Espírito Santo.Funcionou como Museu de Arte Sacra, Galeria de Arte e Pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo e escritório técnico do IPHAN.Um dos pontos mais interessantes é observar que a nave da igreja é mais larga e mais alta que a capela mor.Aqui duas opções surgem: seguir para a Igreja São Gonçalo ou para a Catedral Metropolitana. Minha sugestão é seguir para a Igreja São Gonçalo.Esta é considerada, pela crença popular, a "Igreja dos casamentos duradouros e felizes" - é uma das minhas prediletas. Mas a maior curiosidade se refere ao fato de ser uma igreja particular. Apesar de manter vínculo com a arquidiocese de Vitória desde 1932 recebeu o título de Arquiconfraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção.
A Igreja de São Gonçalo foi catedral do bispado até 1933.Siga até a Catedral Metropolitana de Vitória - último ponto do Projeto Visitar e um dos principais pontos turísticos da cidade e do estado. Magnífica, imponente, graciosa... são alguns dos adjetivos que passam à mente ao visualizar a catedral.Construída no local da antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória, sua construção perdurou por aproximadamente 50 (cinquenta) anos, sendo concluída na década de 1970.
Na Catedral são realizadas diversas manifestações religiosas, mas atualmente (abril/2015) encontra-se fechada para reforma.OBS: Enquanto a Catedral Metropolitana de Vitória se encontra em reforma, o "carimbo" do Projeto Visitar é efetivado na Capela Santa Luzia.Quero parabenizar o Município de Vitória pelo projeto, e convidar a todos a conhecê-lo!
Serviço:Há visitas monitoradas de terça a domingo, das 09:00h às 17:00h.Site do Município de Vitória: www.vitoria.es.gov.br/turismoReceba seu Passaporte Cultural no primeiro ponto que visitar.As informações foram colhidas através das visitas e oitiva dos monitores, e dos panfletos fornecidos em cada ponto do projeto.
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